segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Orientação Vocacional e Profissional

A preocupação com a escolha da carreira profissional não vem de hoje. Na Grécia Antiga, Platão já falava sobre o trabalho e sobre o homem certo no lugar certo. Hoje em dia a decisão da escolha profissional é tomada na adolescência, período de crises, tanto no aspecto físico e social quanto psíquico.
É em meio a tais transformações que são colocadas as questões sobre a vida adulta, as responsabilidades e as definições de alguns papéis, referente a identidade profissional, sexual, entre outros. Nessa fase da vida surgem ansiedades e angústias geradas por dúvidas e inquietações sobre quem é, e o que deseja ser. Contudo, a escolha profissional está relacionada a aspectos conscientes e inconscientes do sujeito. A expectativa das pessoas quanto ao seu futuro está carregada de afetos, esperanças, medos e inseguranças, não somente suas como de seus familiares mais próximos.
Diante dessas confrontações e incertezas, o adolescente expressa dificuldade em optar por uma profissão e definir sua identidade, sendo esta formada nas relações que se estabelecem entre pessoas que desempenham papéis sociais importantes na vida do jovem, como pais, parentes, amigos e professores.
A Orientação Vocacional Profissional (OVP) é uma modalidade de trabalho psicológico, que tem por objetivo facilitar o momento da escolha ao jovem, auxiliando a compreender sua situação de vida na qual estão incluídos aspectos pessoais, familiares e sociais. Para Bohoslavsky (1998, p.3), um dos especialistas nesta abordagem, “a escolha de uma carreira e um trabalho podem ser auxiliados se o jovem conseguir assumir a situação que enfrente e, ao compreendê-la, chegar a uma decisão pessoal responsável.”
O papel do orientador e as técnicas utilizadas na OVP são importantes para levar o sujeito a um auto-conhecimento, descobrindo suas habilidades, potencialidades e interesses, e uma reflexão de questões que possam surgir durante o processo.
Essa escolha é individual, sem dúvida, mas nem por isso o jovem precisa estar sozinho, imerso em suas próprias angustias, pois esta pode ser compartilhada com a família, com os amigos ou com o orientador vocacional. Não existe uma profissão única e definitiva, o que vai existir é sempre uma escolha possível de se fazer dentro daquele momento e das possibilidades daquela pessoa.
Texto elaborado pela Psicóloga Amanda Souza Albanez

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